Destaque de hoje.

Vivendo o momento

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"Nosso tempo é incrivelmente limitado... Um dia,você pode decidir se desculpar com aquela pessoa,ou ao menos aceitar as desculpas dela.Só que talvez, seu orgulho fale mais alto,você hesite e pense duas vezes.E aí, no último momento,você perde a sua chance...Por dois minutos, apenas dois minutos,você permitiu que aquela pessoa partisse com o coração pesado. Um dia,sua filha pode chegar chorando,tentando desabafar, mas com tanto trabalho e responsabilidades,vai manda-la pro quarto e dizer que é frescura de adolescente... E aí ,quando for entrar no quarto,a culpa vai bater,e talvez, não era uma frescura de adolescente, não é mesmo?! Um dia,você chegou em casa,lá pelas 19:15,todo suado e com os joelhos e cotovelos esfolados, levou uma baita bronca por ter ficado até tão tarde na rua,ouviu tudo e saiu,com um grande sorriso no rosto, satisfeito pela meia-lua,pela caneta e pela chaleira seguida de um gol,que havia marcado naquele dia... E agora,lendo essas palavras, você se lembrou

A teoria do recreio.

Elias era seu nome: o caçula de uma família de quatro irmãos. A mãe, do lar, reservava profunda admiração pela terra do Tio Sam.
Segundo colegial, escola pública. A balbúrdia matinal típica da hora do recreio obrigava-o a se deslocar à biblioteca. Aquele reduto de pensamentos e palavras mudas intrigava-o. Sonhava ser um renomado autor quando envelhecesse; queria ser reconhecido pelos frequentadores das fileiras de livrarias e não por multidões que lotam estádios de futebol.
Ainda tinha dúvidas quanto à carreira: seria o primeiro da família a cursar uma faculdade. Pensou em Letras, mas estava pendendo para Filosofia – será que seus pais sabiam o que é isso? A escolha da faculdade tinha que se adaptar segundo seus objetivos. E o maior deles era elaborar uma teoria sobre tudo e todas as coisas. Seria o primeiro e único tratado a abarcar todas as áreas do conhecimento humano; sabia que receberia críticas, mas estava preparando-se desde cedo.
Percorria os corredores entre as estantes com a boca aberta. Já reconhecia vários autores, mas apenas pelo nome. Machado, Pessoa, João Guimarães Rosa: logo menos seriam íntimos. Os filósofos propriamente ditos seriam apresentados na faculdade.
Inquietava-se com a quantidade de livros já escritos na história da Humanidade. Será que há quantas palavras em cada idioma? Certamente, havia mais livros do que verbetes. E mesmo assim, não existia sequer um livro igual: apenas uma Capitu, um Riobaldo e um “navegar é preciso”. Será que Deus tinha alguma forma de controle sobre a inspiração das pessoas? Será que Ele tomava cuidado para não repassar as mesmas ideias a dois ou mais autores?
Só uma coisa em toda a face da terra era capaz de tirá-lo daquele estado de entorpecimento: o sinal que anunciava o fim do recreio. As provas de matemática tiravam-lhe o sono, mas o sinal interrompia-lhe os sonhos.

#Reflexao

Renan Milaré


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